Não nasci para ser coerente e agradável, presa na minha própria ânsia de liberdade, me imponho, me entrego, me exponho, me elevo.
Deixo minhas marcas e ajo de acordo com os reflexos dos meus sentimentos.
Tenho a transparência como dom e não sou como tantos que apenas por desejo de encaixe e aceitação social, pintam as faces e beijam enquanto desejam escarrar.
Eu tenho alma limpa e cabeça erguida por cuidar das minhas verdades e a elas ser fiel.
Não estarei sorrindo quando quiser chorar, nem mimando quando quiser gritar.
Não exalarei educação quando meu âmago estiver voltado a sentimentos que explicitem outras reações contrárias.
Não que eu vá distribuir tapas e estupidez em não culpados, porém, não abraçarei ninguém quando essa não for minha vontade.
E não irei concordar com opiniões alheias, apenas para embelezar o consenso coletivo.
Quando quero passagem, sendo necessário, arrombo portões.
Não consigo controlar o que pulsa no meu peito pedindo voz, eu grito mesmo.
Eu sou o que estarei sendo dentre de tudo que posso ser.
Às vezes, nem eu consigo compreender meu interior, mas o fato é que ele sempre estará se exteriorizando, e é isso o que mais falta no mundo, falta verdade.
E sinceramente, admita, é o que todos nós vivemos a procurar.
Mas, a grande maioria procura verdade e esbanja hipocrisia.
(Jhennifer Cavassola)
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