sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Depressão x Tristeza

"A agitação, instabilidade da vida moderna, movida de estressores, muitas vezes trazem sentimentos de desânimo e impotência diante das exigências da vida. Assim trazendo, a falta de tempo para fazer as tarefas comuns da vida diária, a dificuldade em conciliar trabalho e cuidados com a saúde, horário para lazer, planejamento familiar, dívidas ou mesmo com a estética corporal... Esses e outros motivos podem causar sentimentos ruins de tristeza que costumam até ser confundidos com a depressão, trazendo assim uma certa preocupação."

A diferença entre a tristeza e depressão:
Isso passa, é só uma fase. É bom que passe mesmo. A tristeza é um sentimento momentâneo, considerado saudável e até importante pelos médicos. Ajuda na elaboração das perdas, ou sofrimentos ocasionais. As pessoas atingidas pela ocorrência de perdas, do emprego ou de entes queridos, atravessam uma fase de sofrimento e angústia, que pode se prolongar por um
determinado período de tempo (cerca de 2 meses), mas esse quadro vai se atenuando e paulatinamente a vida vai retomando o ritmo normal.

Agora, se a tristeza não passa, e começam a surgir sentimentos de apatia, indiferença, desesperança, falta de perspectivas ou prazer pela vida, saiba que esse é um sintoma claro de depressão. Os sintomas podem aparecer ou desaparecer de maneira sutil e quase imperceptível, mas é importante saber que eles podem voltar e depressão é doença séria e assim deve ser tratada. A depressão é uma doença recorrente e crônica.

Pesquisas da OMS revelam que os indivíduos que vivem um episódio depressivo, têm 50% de probabilidade de Ter o segundo. Para os que passam por um segundo episódio, a probabilidade de Ter um terceiro aumenta para 75%, e quem chegou ao terceiro, corre
o risco 90% maior de sofrer uma Quarta crise depressiva. Calcula-se que cerca de 20% da população mundial enfrentará esse problema em um dado momento da vida. A doença atinge crianças, adolescentes e adultos, sendo verificada uma incidência duas vezes maior em mulheres na faixa dos 20 aos 40 anos.
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Pode ser leve, moderada ou grave
A depressão encontra-se classificada no Grupo das Doenças Afetivas, ou seja, aquelas que tem uma evolução cíclica, em que se alternam períodos depressivos com fases de absoluta sanidade. Ao contrário do que se possa pensar, essa não é uma doença moderna. Hipócrates, considerado o pai da Medicina, descreveu seis doenças mentais, dentre elas a depressão, há aproximadamente 400 AC. Os sintomas podem se manifestar de uma forma branda, e é comum o paciente procurar um clínico-geral, acreditando estar com falta de vitaminas ou alguma doença mais grave.

Outros, simplesmente acreditam ser apenas mais uma "fase ruim" e não procuram ajuda, agravando ainda mais o problema.
Indivíduos apresentando quadros leves, raramente procuram tratamento.

É comum o paciente ser conduzido ao médico por familiares, contra a sua vontade. A pessoa alega estar se sentindo bem, mas a família percebe que ela apresenta comportamentos estranhos não compatíveis com os usuais. Para classificar a depressão, é importante, observar a intensidade dos sintomas. A caracterização desse distúrbio psíquico se dá pela ocorrência de pelo menos cinco deles num prazo mínimo de duas semanas: ansiedade, diminuição da libido, dificuldade de concentração, fadiga constante, sensação de desânimo, inquietação e irritabilidade, perda ou excesso de apetite, insônia ou sonolência excessiva, tristeza persistente, perda de interesse por atividades prazerosas, sentimentos de culpa, auto-desvalorização e pessimismo, idéias de morte ou de suicídio e ainda dores de cabeça ou distúrbios digestivos que não respondem a tratamento.

Sintomas isolados, ou mesmo conjuntos de sintomas devem ser examinados cuidadosamente para se evitar a realização de diagnósticos imprecisos ou questionáveis. Existem casos de dores crônicas, em que o paciente, após inúmeros exames que se mostram normais, melhora com o tratamento antidepressivo adequado.


As várias causas da doença:
Os vários fatores que podem desencadear uma doença afetiva ainda são um mistério para a medicina. A tentativa de descobrir o que desencadeia a depressão, cientistas se empenham em desvendar as possíveis implicações genéticas, a estrutura cerebral, e a relação entre os mecanismos químicos do cérebro com as alterações psíquicas decorrentes de perdas. Na década de 60, os pesquisadores acreditavam que o problema estaria na falta de neurotransmissores no cérebro de pessoas deprimidas. Sabe-se que algumas substâncias químicas que permitem a comunicação celular no cérebro (neurotransmissores), como a serotonina, a dopamina e a noradrenalina, são responsáveis por uma espécie de regulagem das emoções.

Os antidepressivos foram criados para repor a falta dessas substâncias, mas os cientistas perceberam que mesmo que o medicamento aumente os níveis dessas substâncias pouco tempo após ser ingerido, só começa a fazer efeito, na maioria dos casos, após duas semanas de uso. A causa da depressão não seria então decorrente apenas da falta de neurotransmissores, mas
também de um desajuste na comunicação das células nervosas e esse tempo de suas semanas seria necessário para um acerto no sistema que envolve os neurotransmissores. Uma outra possibilidade seria a determinação genética, através de transmissão
hereditária e estaria ligada ao cromossomo X. os homens possuem somente um desses cromossomos, já as mulheres tem dois, portanto, teriam duas vezes mais chances de ficar deprimidas, o que justificaria o alto índice da doença no meio feminino.
Estudos mostram que se um dos pais apresenta o distúrbio, há 27% de possibilidade de que algum de seus filhos venha a apresentar a doença, esse numero sobe para entre 50% e 75%, quando ambos os pais apresentam o problema. Doenças cardiovasculares, disfunções hormonais e da tireóide, distúrbios neurológicos e principalmente o câncer, também podem desencadear crises depressivas, mas tratada a doença de base, a depressão desaparece. Cientistas pesquisam também a relação da doença com alterações metabólicas e estruturais do cérebro. Os deprimidos apresentam uma discreta diminuição de fluxo sangüíneo no cérebro e uma redução (4%) nos lobos frontais e nas estruturas subcorticais. Por último, mas não menos importante, estão os fatores psicossociais que não podem ser descartados. As perdas dos pais na infância, do cônjuge, ou mesmo do emprego na idade adulta, as traições (perdas de confiança), provocam alterações psíquicas que podem desencadear a doença.
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Tratamento:
O tratamento da depressão é estabelecido em função dos sintomas apresentados e da intensidade do quadro. A depressão pode evoluir como uma doença única ou Ter várias fases. Algumas pessoas têm vários episódios depressivos ao longo da vida. "Na realidade, os limites entre a depressão leve, moderada ou grave, são arbitrários. Considera-se depressão leve ou moderada, quando o paciente consegue executar algumas ou mesmo todas as suas atividades pessoais, mas para isso precisa fazer um esforço muito maior que o normal. Já nos quadros depressivos graves o indivíduo não consegue se alimentar, manter seus cuidados pessoais, a deterioração é progressiva, podendo levar à morte". Explica o Dr. Cordás. O tratamento ideal é
inicialmente farmacológico, mas de uma maneira geral, associado à medicação recomenda-se o acompanhamento psiquiátrico que além de fazer com que o paciente se sinta mais forte, ameniza a rejeição ao tratamento químico que pode durar anos.

Os antidepressivos se mostram eficazes em 75% a 90% dos casos, e a eficiência de todos é muito parecida, o que muda são os
efeitos colaterais, quem escolhe a melhor opção para cada caso é o especialista. Os gripos de antidepressivos mais conhecidos e mais utilizados são os tricíclicos (imipramina), ininbidores seletivos da recaptação de serotonina (paroxetina, fluoxetina, sertralina), inibidores de recaptação de noradrenalina e serotonina (venlafaxina) e inibidores irreversíveis da
monoamina-oxidase/IMAO (tranilcipromina). Na maior parte das ocorrências, depois de encontrar o remédio certo, os sintomas desaprecem em um ou dois meses, mas a medicação deve ser mantida por pelo menos seis meses, isto num caso de primeiro
episódio depressivo. Essa frequência tende a aumentar com a ocorrência de novos episódios, alguns critérios sugerem que a partir da ocorrência do terceiro episódio esta manutenção se prolongue por toda a vida.


Recomendações:
Medicamento antidepressivo não é produto cosmético, a ilusão da pílula da felicidade foi criada pela mídia. Isso é péssimo,
pois alguns tomam o remédio sem necessidade, mas o pior são aqueles que tomam o medicamento para mascarar graves problemas
pessoais. Remédio de depressão não vicia. Algumas pessoas abandonam o tratamento, assim que desaparecem os sintomas, com medo
de se tornarem dependentes do medicamento. Essa é uma atitude altamente prejudicial ao próprio paciente.

Consultoria: Dr. Táki Athanássios Cordás Diretor médico da Unidade, médico psiquiatra, Assistente do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Mestre em Psiquiatria pelo Depto. De Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP.
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Certa vez ouvi um médico dizer: -É mais fácil tratar de um paciente com estado terminal, do que uma paciente depressivo.
Olha só, tratar, terminal. Gente, é preciso ter fé, acreditar, lutar e veremos tudo por outro ângulo. Confesso que sofro de um trastorno, que falarei depois a respeito em outra postagem. Melhoro com a fé, com os pensamentos bons, terapias musicais. Sou feliz e tenho momentos de trsiteza, desabafo, prefiro pensar assim.
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Assista o Big Brother Ao Vivo Aqui no Mulher Diferente, logo abaixo das postagens.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Traição, por que tanta preocupação?

"Traição é um dos temas mais complicados e que faz com que muitas pessoas não entendam o porquê da traição no relacionamento. A pergunta mais freqüente é “por que estar em um relacionamento se tem necessidade de trair?”. (Portal do Amor)
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Através do Feedjit e do Google Analystics, tenho percebido que as pessoas se preocupam demais com traição. Elas têm pesquisado muito e principalmente os homens.
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São mais ou menos assim as buscas: "traição da mulher", "qual o comportamento de uma pessoa q trai?", "comportamento da mulher que trai", "quando a mulher trai", "traição é covardia", "com quem mais a mulher trai", "como a mulher trai?", "como descobrir se a mulher trai", "como se comportar perante uma traição", "comportamento da mulher casada que trai" e muitas outras pesquisas relacionadas.
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Fico pensando: O que leva uma pessoa a duvidar, desconfiar que esteja sendo traído e ao invés de conversar seriamente com sua parceira, procurar na internet sobre o comportamento?
Pra começar eu não dormiria ao lado de alguém que não confio. E se está existe desconfianças, a relação está morrendo.
E eu que achava as mulheres mais obsessivas e ligadas nisso. Vejo que os homens estão bem mais preocupados. Eles estão bem preocupados com suas parceiras.
Mas por que hoje existe tanta desconfiança? Seria por causa do comportamento das mulheres de hoje? Tem uma postagem antiga que fiz relacionada a isso. Ou seria porque os homens são traidores por natureza e acham que todos mentem, desconfiam até a própria sombra?

Como estou toda embaralhada com as respostas, gostaria que vocês leitores me respondessem nos comentários.

Um grande beijo